O primeiro volume de um dos centrais projetos editoriais da Boitempo, acalentado por mais de uma década, finalmente chega às livrarias brasileiras: Para uma ontologia do ser social de György Lukács, é a mais complexa sistematização filosófica do teórico húngaro.
A edição da Boitempo conta com primorosa apresentação de José Paulo Netto e tradução direta do alemão por Mario Duayer e Nélio Schneider, acrescida da tradução de Carlos Nelson Coutinho, introdutor de Lukács no Brasil e profundo conhecedor de sua obra, baseada na edição italiana. O texto contou também com uma minuciosa revisão técnica de Ronaldo Vielmi Fortes, auxiliado por Ester Vaisman e Elcemir Paço Cunha.
A orelha do livro é de Maria Orlanda Pinassi: “György Lukács é o maior clássico do pensamento humanista do século XX. Herdeiro da rigorosa concepção de totalidade que toma de Hegel e de Marx, aceita o desafio que Engels e Lenin lançam aos marxistas e formula a mais complexa sistematização filosófica de seu tempo. Realiza uma proeza, de fato, consagrando-se um caso muito raro na cena dominada pela epistemologia neopositivista, de onde a decadência ideológica, trágica tendência do pensamento contemporâneo que ele próprio definiu e criticou duramente, atingia tanto apologetas liberais quanto stalinistas.”