Durmo na chuva das tuas palavras
Choro lembranças da infância vivida
Corro na sombra da noite acordada
Moro na frase da fala extinta
Galopo no ritmo do peito atacado
Vivo no muro da ideia nascida
Pelo silêncio do grito abortado
Nego a ordem das cartas prescritas
Sou a mais cristã do inesperado
Pagãs são as flores paradas, vestidas
Me cubro em teu leito reapaixonado
Derramo na cura tua alma ferida
Heloísa Nóvoa