Seguindo o roteiro programado por especialistas e estrategistas da CIA especializada em desestabilizar e derrubar governos, a contrarrevolução da direita na Venezuela produziu um “salto qualitativo”: do aquecimento nas ruas, na fase inicial do processo, passou-se a uma guerra civil não declarada como tal, mas disparada com uma ferocidade assustadora. Já não se trata de guarimbas (lugares armados para protestar), de escaramuças ocasionais ou de distúrbios violentos de rua. Os ataques a escolas, a hospitais infantis e maternidades; a destruição de frotas inteiras de ônibus; os saques e ataques às forças de segurança que inutilmente respondem usando canhões de água e gás lacrimogêneo contra a ferocidade de mercenários da subversão; o linchamento de um jovem aos gritos de “chavista e ladrão”, são sinais inconfundíveis que proclamam ruidosamente que na Venezuela o conflito se transformou em uma guerra civil que já afeta a várias cidades e regiões do país. Se algo faltava para nos darmos conta da gravidade da situação sem precedentes e da determinação das forças subversivas de direita para conduzir seus objetivos às ultimas consequências, o incêndio terrorista da casa de nascimento do Comandante Hugo Chávez Frias colocou um final doloroso a qualquer especulação sobre esta terrível situação.
Leia o texto completo do pesquisador especialista em América Latina, Atilio A. Boron, traduzido por Jorge Moreira e publicado no blog Novas Pensatas.