Home / Apoio à pesquisa / A revolução em película de Rafael Hansen Quinsani (tese de doutorado)

A revolução em película de Rafael Hansen Quinsani (tese de doutorado)

vivamexico

 

Em 2015, Rafael Hansen Quinsani defendeu a tese de doutorado A revolução em película: a relação cinema-história e a transformação do paradigma historiográfico, no Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 

 

O principal objetivo da tese é problematizar sobre as implicações teóricas da relação Cinema-História, destacando como os filmes interpretam a História e quais as consequências desse processo para a História como ciência e para o meio social. Trata-se de pensar como o aporte de novas tecnologias constitui uma forma narrativa para a História apresentada, e se a divulgação da História por imagens filmográficas permite perceber a composição de um novo paradigma centrado na Razão Poética, que possibilite a reavaliação do próprio paradigma científico da História.

 

Para ancorar sua análise, Rafael escolheu o contexto da Revolução Mexicana, primeira Revolução a descortinar o breve, porém intenso, século XX. Este processo é sem dúvida um dos mais significativos na História contemporânea e mundial. Sua abrangência, seus efeitos e experiências proporcionadas ainda trazem impacto no presente vivido. O grande número de filmes realizados no México e no exterior permitiu a criação de um corpus fílmico invejável: mais de quinhentas películas produzidas desde o início do processo revolucionário, em 1910. O volume de ficções também é considerável, e sua realização incidiu em todas as décadas, seja no âmbito nacional, seja no internacional. Diante da magnitude da Revolução, as manifestações artísticas não ficaram imunes. O Estado e a sociedade trataram de abordá-la com diferentes prismas e interesses. Entre narrativas de convergência, imagens de consenso, desconstruções e solidificações de heróis, criou-se um corpus de produtos artísticos que compreendia a arte muralista, a literatura e o cinema. A Revolução tomada como um continuum permite elaborar um quadro inteligível da sociedade mexicana.

 

Fora do México o interesse historiográfico e cinematográfico foi significativo. Para além do seu vizinho do Norte, Europa e URSS detiveram seu olhar sobre a Revolução. A escolha dos quatro filmes analisados nesta Tese recai sobre obras realizadas em dois eixos, batizados de Quadros ideológicos-temporais. O olhar estrangeiro destes cineastas de certa forma também coincide com o olhar do autor desta Tese sobre o processo mexicano. Os filmes são: Que Viva México!, México em Chamas, Companheiros e Uma bala para o General. Dessa forma, se buscará a partir das análises fílmicas, delinear alguns elementos teóricos do paradigma Cinema-História centrado no conceito de Razão Poética.

 

Para ler a tese completa, acesse o Repositório Digital da UFRGS ou clique aqui.

 

 

Check Also

Grupo de pesquisa “Dinâmicas Sul-Sur”, coordenado pela Profa. Dra. Maria Teresa Franco Ribeiro

  O grupo de pesquisa Dinâmicas Sul-Sur, coordenado pela Profa. Dra. Maria Teresa Franco Ribeiro, se …

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *