As críticas ao Governo Dilma podem ser muitas, mas está claro que tudo isso foi uma armação, com base em diversos argumentos, e o mais aparentemente “sensato” é aquele da responsabilidade pela crise econômica. Este argumento busca legitimidade na ideia de que a economia poderia estar substantivamente melhor do que está agora. Todavia, inclusive vozes do próprio PMDB – como no caso do Roberto Requião, dizem que isto não é verdade, sendo um enorme equívoco. Requião desmontou o circo, pelo menos no que concerne a este argumento pragmático, que diz que o impeachment pretende salvar a economia brasileira quando a europeia, a americana, a chinesa e a russa, além da canadense, a japonesa e a indiana, também estão em crise profunda. Vejam a situação da França! Qualquer um de nós concordaria que – como o que Requião disse: o Governo Lula deu continuidade neste campo ao de FHC e Dilma ao de Lula. Disse ele que a escolha de Meirelles para a pasta da Economia irá dar continuidade aos juros altos e às benesses à oligarquia financeira em potência elevada. Ele lembrou que a dívida pública da Grécia em 2010 era de 104% do PIB. A Grécia foi obrigada a aplicar a política de austeridade do Euro Banco e hoje ela é de 180% do mesmo PIB. Requião disse ainda que é a mesma política que está levando a Europa inteira a aprofundar a crise e que é uma ilusão de seus correligionários (ele queria dizer oportunismo ou arrogância) acreditarem que a política desse governo Temer mudará o quadro do Brasil.
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Leia a reportagem citada no texto:
Datafolha mostra que cai o apoio da população ao golpe
Assista os discursos dos Senadores Roberto Requião e Randolfe Rodrigues na Sessão Plenária do dia 11 de maio de 2016, no Senado Federal, que decidiu pelo impeachment de Dilma Rousseff.
O Olho da História Laboratório de Reflexão Transdisciplinar